segunda-feira, 21 de junho de 2010

Câmara de Lobos não dá dinheiro às Casas do Povo. Dirigentes das instituições apanhados de surpresa com a suspensão do apoio.













Este ano não haverá dinheiro transferido dos cofres da Câmara Municipal para nenhuma das cinco casas do povo existentes no Município de Câmara de Lobos.
Ao contrário do que se verificava, sendo que o último exemplo da atribuição de subvenções da Câmara para as casas do povo, através de uma verba de três mil euros a cada uma, reporta ao ano passado, este ano a proposta de atribuição de apoios, recentemente aprovada, não contemplou estes organismos afectos aos Serviços de Extensão Rural. Câmara de Lobos, Estreito, Jardim da Serra, Curral das Freiras e Quinta Grande, ou seja, todas as casas do povo das cinco freguesias do município, ficam este ano sem o apoio financeiro que era habitual receberem dos cofres da autarquia.

Apesar de não receberem ajuda em dinheiro, Arlindo Gomes assegura que a autarquia continuará a apoiar estas instituições nos eventos pontuais que estas promovem, desde festas temáticas e outros eventos ocasionais.

A medida de não canalizar dinheiro para as casas do povo permite poupar 15 mil euros, que era o montante global anual atribuído a estas instituições.
É mais uma das consequências do aperto financeiro, que ainda assim não deixa de ser relevante, uma vez que nem passa pela redução dos montantes disponibilizados, mas antes implica a suspensão ou a não renovação dos protocolos com estes organismos que lidam directamente com a população.

Foi com surpresa que o presidente da Casa do Povo do Curral das Freiras, soube pelo DIÁRIO que este ano a autarquia câmara-lobense não vai dar apoio financeiro. "Não tinha esse conhecimento", reconheceu Juan Sousa, que entretanto já admite rever as actividades, porque "sem ovos não podemos fazer omeletas", lembrou.

Embora 'umbilicalmente' as casas do povo dependam da Secretaria do Ambiente e Recursos Naturais, através dos Serviços de Extensão Rural, a ajuda 'extra' do Município sempre ajudava a reequilibrar as finanças. "Apesar de não ser um montante muito elevado (3 mil euros), para esta instituição significa muito dinheiro, uma vez que não gerimos grandes verbas", sustentou. Por isso não tem dúvidas que a suspensão da verba camarária "vai mexer e muito".

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