Relembrar

(Apagou-se parte da paisagem característica de Câmara de Lobos.)

A paisagem da baía de Câmara de Lobos deixou de ostentar as antigas palmeiras ali existentes. Os sete exemplares que estavam infectados pela praga do 'escaravelho' foram ontem abatidos. O mesmo aconteceu com outras sete palmeiras 'condenadas' que se encontravam noutros locais da cidade. Ao todo, foram 14 as palmeiras abatidas, motivado pela impossibilidade de estas poderem vir a ser recuperadas na sequência do 'fulminante' ataque da vulgarmente designada praga do escaravelho.

Agora o destino das palmeiras cortadas é a Estação da Meia Serra, onde serão alvo de incineração, de modo a evitar a propagação da praga. O vereador com o pelouro do Ambiente na Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Leonel Silva, acompanhou as operações. O abate é "um processo irreversível", face às recomendações da tutela, quer regional quer mesmo nacional, isto após não ter surtido qualquer resultado a tentativa de tratamento.

"O tratamento desta praga implica quatro fases sequenciais de aplicação do produto, com intervalo de cerca de 45 dias entre cada uma das fases, e que consiste basicamente na aplicação de dois produtos, seguindo as recomendações e indicações expressas pela Direcção Regional de Agricultura e Florestas e, também, pelo próprio Ministério. Infelizmente, estas palmeiras não conseguiram resistir. As indicações que tínhamos era que, depois da primeira aplicação, se as palmeiras não resistissem deveriam ser logo abatidas, e é isso que estamos a fazer hoje (ontem)", esclareceu.

O primeiro registo da praga no país aconteceu no ano passado, em Albufeira, onde foi já testado o método de tratamento.

De resto, e quanto a futuras intervenções no local agora 'despido', Leonel Silva admite a possibilidade de ali "reintroduzir alguma coisa", mas a acontecer será já "enquadrado na intervenção que houver aqui (baía)", lembrando que está em estudo pela Sociedade Metropolitana de Desenvolvimento a requalificação do espaço.

Diario Noticias Madeira 18-12-2008