Rúben recorda passado difícil
Ontem em Câmara de Lobos, jogador distribuiu simpatia e... muitos autógrafos
Aos 25 anos, Rúben Micael é um dos melhores jogadores portugueses da actualidade, com presença assídua na selecção, tendo já conquistado, com a camisola do FC Porto, alguns dos mais importantes títulos. Mas a história da sua vida merece uma visão mais abrangente até porque é um perfeito exemplo de persistência, auto-confiança e ambição, aspectos fundamentais para garantir um percurso de sucesso.
Hoje é uma figura conhecida por tudo e todos, inclusivamente além-fronteiras, mas não esquece as raízes e é com enorme orgulho que fala do seu passado, pese embora as muitas dificuldades que enfrentou na infância. Ontem, num seminário organizado pela Escola Básica do 1.º Ciclo de Câmara de Lobos, em parceria com a Câmara Municipal local, Rúben Micael reencontrou amigos e conhecidos e, com alguma nostalgia à mistura, relembrou episódios antigos, que no fundo acabaram por definir o seu carácter e personalidade.
Agora habituado aos grandes palcos do futebol mundial, Rúben não esquece, no entanto, as tardes passadas na Praia Formosa, onde tentava angariar algum dinheiro
para ajudar a família. "Era um orgulho enorme quando chegava a casa e podia dar algum dinheiro à minha mãe", lembra o agora jogador do FC Porto e Selecção Nacional, que também guarda bem na memória o dia em que a família foi viver para o Bairro das Malvinas. "Antes os meus pais só tinham dois quartos, não tínhamos água quente e era bastante difícil. Quando chegámos ao bairro, foi um sonho tornado realidade pelo facto de podermos ter uma casa que nos oferecia melhores condições."
Desde cedo, o futebol assumiu grande destaque na sua vida. "Passava o dia todo a jogar à bola na rua", relembra Rúben Micael, que também assim encontrava forma de ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia: "Não tínhamos dinheiro e andávamos descalços, mas era um prazer enorme jogar futebol", reconhece. Depois de se ter iniciado no GD Estreito, mudou-se para o União, embora antes tenha ido prestar provas ao Benfica. Não ficou, mas noutro exemplo de persistência nunca baixou os braços, até que chegou à equipa sénior do União. Aí começou a ganhar dinheiro, quase todo canalizado para ajudar a família. "O meu primeiro ordenado foi de 250 contos e a maior parte era para ajudar os meus pais", disse o jogador.
O seminário de ontem encerrou o projecto de ensino recorrente denominado 'Práticas desportivas e promoção de estilos de vida saudáveis: que relação?'. Rúben Micael, um dos oradores convidados, deixou alguns conselhos: "A vida não é um mar de rosas e sofri imenso. Acordo todos os dias e penso que tenho de lutar, porque se achar que as coisas são fáceis, no dia seguinte já estará outro no meu lugar."
No final, prendas bem especiais para dois dos alunos deste projecto: Francisco Freitas recebeu a camisola da selecção e Emanuel Silva a do FC Porto. Um dia para recordar...
Boa sorte nacional!
Rúben Micael continua atento à realidade do seu anterior clube e, em ano de presença europeia, espera "que o Nacional chegue novamente à fase de grupos." "Nos últimos anos, o presidente Rui Alves conseguiu colocar o clube num patamar no qual poucos acreditariam ser possível e acho que vai conseguir reforçar-se bem para, assim, chegar à fase de grupos." Já que no respeito ao seu futuro, Rúben Micael não se alongou. "Neste momento estou no FC Porto", respondeu quando confrontado pelos o jornalistas sobre uma eventual mudança de ares na próxima época.
Rafael Bracali e Hulk
Muito se tem falado da possibilidade de Rafael Bracali jogar no Dragão na próxima época. Rúben Micael aprova o negócio. "Gostava de vê-lo no FC Porto. Já há muito tempo que merecia estar num grande. Está ao mesmo nível do que Helton, Beto e Pavel, que são os melhores guarda-redes da Liga." Noutro plano, considera que Hulk "merecia estar na Copa América". "Foi a sua melhor época e e a selecção brasileiro não tem muitos jogadores com o potencial dele." Recorde-se que Hulk ficou de fora da convocatória de Mano Menezes.
Fonte: DN Madeira
Ontem em Câmara de Lobos, jogador distribuiu simpatia e... muitos autógrafos
Aos 25 anos, Rúben Micael é um dos melhores jogadores portugueses da actualidade, com presença assídua na selecção, tendo já conquistado, com a camisola do FC Porto, alguns dos mais importantes títulos. Mas a história da sua vida merece uma visão mais abrangente até porque é um perfeito exemplo de persistência, auto-confiança e ambição, aspectos fundamentais para garantir um percurso de sucesso.
Hoje é uma figura conhecida por tudo e todos, inclusivamente além-fronteiras, mas não esquece as raízes e é com enorme orgulho que fala do seu passado, pese embora as muitas dificuldades que enfrentou na infância. Ontem, num seminário organizado pela Escola Básica do 1.º Ciclo de Câmara de Lobos, em parceria com a Câmara Municipal local, Rúben Micael reencontrou amigos e conhecidos e, com alguma nostalgia à mistura, relembrou episódios antigos, que no fundo acabaram por definir o seu carácter e personalidade.
Agora habituado aos grandes palcos do futebol mundial, Rúben não esquece, no entanto, as tardes passadas na Praia Formosa, onde tentava angariar algum dinheiro
para ajudar a família. "Era um orgulho enorme quando chegava a casa e podia dar algum dinheiro à minha mãe", lembra o agora jogador do FC Porto e Selecção Nacional, que também guarda bem na memória o dia em que a família foi viver para o Bairro das Malvinas. "Antes os meus pais só tinham dois quartos, não tínhamos água quente e era bastante difícil. Quando chegámos ao bairro, foi um sonho tornado realidade pelo facto de podermos ter uma casa que nos oferecia melhores condições."
Desde cedo, o futebol assumiu grande destaque na sua vida. "Passava o dia todo a jogar à bola na rua", relembra Rúben Micael, que também assim encontrava forma de ultrapassar as dificuldades do dia-a-dia: "Não tínhamos dinheiro e andávamos descalços, mas era um prazer enorme jogar futebol", reconhece. Depois de se ter iniciado no GD Estreito, mudou-se para o União, embora antes tenha ido prestar provas ao Benfica. Não ficou, mas noutro exemplo de persistência nunca baixou os braços, até que chegou à equipa sénior do União. Aí começou a ganhar dinheiro, quase todo canalizado para ajudar a família. "O meu primeiro ordenado foi de 250 contos e a maior parte era para ajudar os meus pais", disse o jogador.
O seminário de ontem encerrou o projecto de ensino recorrente denominado 'Práticas desportivas e promoção de estilos de vida saudáveis: que relação?'. Rúben Micael, um dos oradores convidados, deixou alguns conselhos: "A vida não é um mar de rosas e sofri imenso. Acordo todos os dias e penso que tenho de lutar, porque se achar que as coisas são fáceis, no dia seguinte já estará outro no meu lugar."
No final, prendas bem especiais para dois dos alunos deste projecto: Francisco Freitas recebeu a camisola da selecção e Emanuel Silva a do FC Porto. Um dia para recordar...
Boa sorte nacional!
Rúben Micael continua atento à realidade do seu anterior clube e, em ano de presença europeia, espera "que o Nacional chegue novamente à fase de grupos." "Nos últimos anos, o presidente Rui Alves conseguiu colocar o clube num patamar no qual poucos acreditariam ser possível e acho que vai conseguir reforçar-se bem para, assim, chegar à fase de grupos." Já que no respeito ao seu futuro, Rúben Micael não se alongou. "Neste momento estou no FC Porto", respondeu quando confrontado pelos o jornalistas sobre uma eventual mudança de ares na próxima época.
Rafael Bracali e Hulk
Muito se tem falado da possibilidade de Rafael Bracali jogar no Dragão na próxima época. Rúben Micael aprova o negócio. "Gostava de vê-lo no FC Porto. Já há muito tempo que merecia estar num grande. Está ao mesmo nível do que Helton, Beto e Pavel, que são os melhores guarda-redes da Liga." Noutro plano, considera que Hulk "merecia estar na Copa América". "Foi a sua melhor época e e a selecção brasileiro não tem muitos jogadores com o potencial dele." Recorde-se que Hulk ficou de fora da convocatória de Mano Menezes.
Fonte: DN Madeira
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