segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Apelos de D. António na despedida da Imagem Peregrina de Câmara de Lobos





































A“Se há alguma coisa que devemos defender é esta comunhão e esta unidade na diversidade”, disse ontem o Bispo do Funchal. “Cada um de nós é diferente uns dos outros, cada um tem as suas graças e carismas, e cada um vale na medida em que se tornar disponível e colocar ao serviço a diversidade dos dons recebidos”, sublinhou D. António na homilia da concelebração eucarística a que presidiu junto da comunidade paroquial de Câmara de Lobos, por ocasião da despedida da Imagem Peregrina de Fátima.

“A igreja de Cristo é assim: diversidade de membros, mas unidade. Quem faz a unidade é Cristo, é Ele a cabeça que renova todas as coisas, é com Ele e com Maria Mãe, que nós podemos ser Igreja no mundo actual”, garantiu.
O ambiente em redor da Imagem Peregrina voltou a ser emocionante e reuniu centenas de fiéis, destacando-se ainda a presença das principais autoridades municipais. A anteceder a “missa ao ar livre”, no Largo da Autonomia, realizou-se uma procissão desde a igreja matriz, em cuja entrada ficou uma lápide a perpetuar a passagem de Fátima por aquela paróquia.
Mensagem com apelosNa sua mensagem, o Bispo do Funchal fez ainda três apelos para que a passagem da Imagem Peregrina fosse sempre lembrada: apelo à “coerência de fé”, aos “gestos de solidariedade humana e de fraternidade cristã”, e apelo “ao amor e união nas famílias”.
Neste último caso, defendeu que “a família terá de viver com muito diálogo entre os seus membros” e que “é preciso dizer não à mentira, à preguiça, ao álcool em demasia que provoca perturbações familiares; dizer não à infidelidade conjugal e a qualquer forma de violência, nas palavras, nos gestos e atitudes.”
“Cada vez é mais importante viver e dar testemunho do ideal de família cristã, uma família assente na união estável de um homem e uma mulher, numa relação inter-pessoal, de amor aberto à vida. A família, assim, torna-se efectivamente aquilo que deve ser, célula fundamental da sociedade e da Igreja”, considerou D. António.
Após a celebração eucarística, “o adeus” à Virgem de Fátima foi de novo “comovente”, com lenços, balões e flores; após o que se realizou o cortejo automóvel que conduziria a Imagem Peregrina até à paróquia de São Pedro, acompanhado por “motards”. O percurso, pela via-rápida, constituiu uma “expressiva manifestação de fé pública”, aliás, como se tem registado nos últimos meses, desde a chegada da Imagem Peregrina à nossa diocese.
A partir de hoje, Nossa Senhora de Fátima visita as comunidades paroquiais do Arciprestado do Funchal, a começar por São Pedro, onde chegou ontem à noite.

Vera Luza

Nenhum comentário: