Policiamento de proximidade no Estreito de Câmara de Lobos
Medida pretende aumentar sentimento de segurança de população afectada por furtos associados ao consumo de droga
“Eu culpo é os adultos que vão buscar a droga não sei onde para pôr a nossa juventude na desgraça”. O programa P'la Madeira Dentro da TSF-M e do Diário de Notícias reuniu hoje mais de uma dezena de populares da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, na sua maioria idosos vítimas de furtos em casa ou na via pública. Em alguns casos, as queixas assumiram a forma de protesto contra a insegurança. O Comandante da Divisão Policial de Câmara de Lobos, o comissário Adelino Pimenta, não contesta o sentimento destes populares, admitindo que os furtos conotados com o consumo de droga têm gerado transtornos e sensação de insegurança à população da freguesia. Ao programa de quarta-feira, o novo Comandante adiantou que a Polícia de Segurança Pública irá apostar em acções de proximidade. Para tal, Adelino Pimenta defende um patrulhamento diário promovido por agentes destacados em permanência, uma forma de estreitar laços de confiança entre a população e os elementos da força de segurança. Contudo, o destacamento de elementos em permanência para as zonas altas da freguesia passa pela disponibilidade de meios. |
| Artur de Freitas Sousa |
Comissário quer policiamento de proximidade para Curral e zonas altas do Estreito
A população aproveitou a presença do comandante da Divisão de C.ª de Lobos para colocar-lhe algumas questões.
A PSP vai combater a pequena criminalidade na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, implementando o plano de policiamento de proximidade. O comissário Adelino Pimenta assumiu ontem, aos microfones do programa da TSF-Madeira 'P'la Madeira Dentro', o compromisso de avançar com uma equipa de dois agentes pelas zonas altas da freguesia, mas para isso aguarda 'luz verde' da direcção nacional da PSP, para reforçar o efectivo da Esquadra de Câmara de Lobos.
"Eu prefiro ter dois agentes que conheçam as pessoas, que sejam sempre os mesmos e que distribuam o seu cartão de convite com o número de telefone para que as pessoas liguem e eles sinalizassem as situações vulneráveis, do que ter agentes sentados atrás de uma secretária", manifestou o comandante da Divisão Policial de Câmara de Lobos, respondendo às críticas da população sobre o encerramento do posto de atendimento da PSP, na freguesia, há cerca de dois anos.
Maria Serrão, de 70 anos, moradora no sítio da Quinta de Santo António, é uma de várias dezenas de vítimas da insegurança associada à toxicodependência, no Estreito. Foi assaltada por dois desconhecidos no primeiro do ano. Os vultos saíram de um beco do Calvário, junto a uma oficina e atacaram-na. "Taparam-me a boca, puxaram-me as mãos para trás e levaram-me a carteira com a reforma". Diz que lhe sobrou apenas dois euros para o resto do mês.
Um dos indivíduos mais referenciados pela prática de crimes de furto e roubo é um jovem de 20 anos, toxicodependente, que foi expulso da casa pelos próprios pais. Segundo comissário Adelino Pimenta, o suspeito está sinalizado em cerca de 40 processos-crimes. Foi detido por diversas vezes e libertado pelos juízes, após interrogatório judicial, e considerando os termos da lei. Aguarda julgamento em liberdade e não se coíbe de roubar para matar o vício.
"Ainda recentemente, foi encaminhado para exames psicológicos no Hospital, e não foi considerado como um doente pela área da psicologia, mas como um toxicodependente. Procurou-se na data que fosse internado e hospitalizado para tratamento, mas não entenderam assim", lamenta Adelino Pimenta.
"Eu prefiro ter dois agentes que conheçam as pessoas, que sejam sempre os mesmos e que distribuam o seu cartão de convite com o número de telefone para que as pessoas liguem e eles sinalizassem as situações vulneráveis, do que ter agentes sentados atrás de uma secretária", manifestou o comandante da Divisão Policial de Câmara de Lobos, respondendo às críticas da população sobre o encerramento do posto de atendimento da PSP, na freguesia, há cerca de dois anos.
Maria Serrão, de 70 anos, moradora no sítio da Quinta de Santo António, é uma de várias dezenas de vítimas da insegurança associada à toxicodependência, no Estreito. Foi assaltada por dois desconhecidos no primeiro do ano. Os vultos saíram de um beco do Calvário, junto a uma oficina e atacaram-na. "Taparam-me a boca, puxaram-me as mãos para trás e levaram-me a carteira com a reforma". Diz que lhe sobrou apenas dois euros para o resto do mês.
Um dos indivíduos mais referenciados pela prática de crimes de furto e roubo é um jovem de 20 anos, toxicodependente, que foi expulso da casa pelos próprios pais. Segundo comissário Adelino Pimenta, o suspeito está sinalizado em cerca de 40 processos-crimes. Foi detido por diversas vezes e libertado pelos juízes, após interrogatório judicial, e considerando os termos da lei. Aguarda julgamento em liberdade e não se coíbe de roubar para matar o vício.
"Ainda recentemente, foi encaminhado para exames psicológicos no Hospital, e não foi considerado como um doente pela área da psicologia, mas como um toxicodependente. Procurou-se na data que fosse internado e hospitalizado para tratamento, mas não entenderam assim", lamenta Adelino Pimenta.
Ricardo Duarte Freitas
Com a devida vénia do DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA
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